Entre as parcerias mais constantes, está Guel Arraes, produtor artístico dos espetáculos “Nada de Pânico!”, em 2003, e de “O Bem Amado”, em 2007, ambos dirigidos por Enrique Diaz. Guel ainda dirigiu e adaptou o monólogo “A arte e a maneira de abordar seu chefe para pedir um aumento”, de George Perec, em 2012. Com Marieta Severo e Andrea Beltrão, Fernando Libonati coproduziu “A dona da história” em 1997. Dando continuidade a esta parceria na produção e também no palco, Marieta e Nanini atuaram em “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, em 2000, e “Os Solitários”, em 2002, primeira montagem de um texto do dramaturgo americano Nicky Silver no Brasil e o que vem a ser a primeira parceria com o diretor Felipe Hirsch, com quem Nanini ainda viria a trabalhar em “A morte do caixeiro viajante”, em 2003, e “Pterodátilos”, em 2010.

Renderam ainda bons frutos as parcerias com os diretores João Falcão, em “Uma noite na lua”, em 1998, e “Quem tem medo de Virginia Woolf?”, e Gerald Thomas, em “Um circo de rins e fígados”, em 2005.

As convivências artísticas não param por aí. Em 2007, na montagem de “O Bem Amado”, Nanini divide o palco com os membros da Cia dos Atores, na época liderada por Enrique Diaz; em 2014, estreia “Beije Minha Lápide”, texto inédito de Jô Bilac, com a Cia Teatro Independente; e, em 2016, a Pequena Central planeja a montagem de “Ubu Rei”, do francês Alfred Jarry, com a companhia Atores de Laura e direção de Daniel Herz. Essas são apostas da produtora em trabalhos conjuntos com grupos renomados e/ou jovens artistas da cena carioca. Algo que se torna presente em outros projetos.

Resultado da parceria entre o ator Marco Nanini, que produz seus espetáculos desde 1979, e o produtor Fernando Libonati, a Pequena Central tem seu embrião nas experiências  de coproduções em montagens como “Fulaninha e Dona Coisa”, com Aracy Balabanian e Louise Cardoso, o “O Médico e o Monstro”,  com Ney Latorraca na versão do Teatro do Rídiculo para o texto de Robert Louis, e “Kean”, com Debora Bloch.

Em 1996, Nanini convida o diretor Guel Arraes para estar à frente da montagem de um texto de Molière. Por sua vez, para colaborar com o projeto, Guel convoca o tradutor José Almino e o autor e diretor João Falcão para fazer a junção dos textos “O Burguês Fidalgo” e “As Preciosas Ridículas”. Surge, então, “O Burguês Ridículo”, baseado na obra de Molière. Com este espetáculo, se estabelece o conceito de produção quem vem sendo experimentado e aprimorado por Marco Nanini e Fernando Libonati.

Tal conceito consiste em juntar criadores e dar a eles as melhores condições possíveis, sejam financeiras ou estruturais, para que estes exerçam de forma plena o seu ofício, reconhecer os talentos e entender que a contribuição de cada um é fundamental para a criação de um espetáculo de melhor qualidade. Sempre pensando na produção como uma aliada à integração e valorização das diversas formas de arte, onde todos brilham: do ator ao assistente de direção, do iluminador ao responsável pela elaboração das artes do espetáculo. Muitos desses criadores, além de suas próprias trajetórias, também fazem parte da história da Pequena Central, como as cenógrafas Daniela Thomas e Bia Junqueira, os figurinistas Emilia Duncan e Antonio Guedes, o iluminador Beto Bruel e os artistas multimídias Gringo Cardia e Muti Randolph.


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